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Exposição Exército Monarca – Ocupação Temporária (27/04/2014) |
[ english version ] Oito medalhões de faiança pintados à mão, criados pelo artista Fábio Carvalho durante uma residência artística ano passado em Portugal, serão agora apresentados em exposição individual na galeria Artur Fidalgo. |
Em seguida, Fábio Carvalho criou variações deste desenho, produzindo um total de 8 peças. Os pratos foram complementados com bordas pintadas com padrões tradicionais da faiança portuguesa. As bordas escolhidas, apesar de serem sempre representações florais, sugeriam também arame fardado, ou outros elementos usados em trincheiras. |
O uso da borboleta monarca (Danaus plexippus) em alguns dos trabalhos de Fábio Carvalho vai muito além do simples fato de borboletas serem normalmente associadas ao universo feminino, frágil e delicado, que em oposição aos símbolos usualmente pensados como masculinos, de força e virilidade, formam a principal dialética de sua produção artística, que procura levantar uma discussão sobre estereótipos de gênero, e questionar o senso comum de que força e fragilidade, virilidade e poesia, masculinidade e vulnerabilidade não podem coexistir. O uso específico da borboleta monarca surgiu como um contraponto à camuflagem dos uniformes militares. As borboletas monarca são tóxicas, e por isso são evitadas pelos predadores. Só que há outras espécies de borboleta não venenosas que mimetizam (imitam) o padrão muito colorido e exuberante da monarca, com evidente benefício para as “imitadoras”, que são também evitadas pelos predadores. Com a camuflagem, procura-se misturar ao ambiente, para não ser visto. Já no mimetismo acontece o oposto, trata-se de chamar muita atenção, para fingir ser quem não é. Mas ambos são igualmente estratégias de sobrevivência e proteção, que objetivam confundir e enganar. Serviço Exposição Exército Monarca – Ocupação Temporária de Fábio Carvalho abertura: 9 de abril (quarta-feira), às 19h Artur Fidalgo Galeria R. Siqueira Campos, 143 2° piso ljs 147/150 – Copacabana – RJ/RJ (21) 2549-6278 | [email protected] visitação: de segunda a sábado, das 10h às 19h até 30 de abril |
[ top ] Eight hand painted faience medallions, made by artist Fábio Carvalho over an artistic residency in Portugal, will be presented in a solo exhibition at Artur Fidalgo gallery. The artist, thinking of the traditional Portuguese faience plates that often depict kings, aristocracy, historical figures or national heros and the images in Portuguese tiles, created an original drawing in which we see a soldier in a camouflage uniform, with butterfly wings coming out of his back. Then, Fábio Carvalho created variations of this first drawing, producing a total of eight pieces. The plates had the rims painted with traditional Portuguese faience patterns. The chosen patterns, although always a floral representation, also suggest barbed wire and other elements used in the trenches. The use of the monarch butterfly (Danaus plexippus) on some of Fábio Carvalho’s works goes far beyond the simple fact that butterflies are usually associated with the fragile and delicate feminine universe, as opposed to other symbols usually accepted as belonging to the male gender, which both combined composes the main dialectic of his artistic production, which seeks to raise a discussion on gender stereotypes, and to question the common sense that strength and fragility, poetry and virility, masculinity and vulnerability cannot coexist . The specific use for the monarch butterfly came as a counterpoint to the camouflage uniforms. Monarch butterflies are toxic, and therefore avoided by predators. There is however, other non-poisoned butterfly species that mimic the monarch’s colourful, exuberant pattern, with obvious benefit since they are also avoided by predators. With camouflage, one wants to blend in with the environment so as to not be seen. In mimicking it is the contrary – you draw a lot of attention for pretending to be who you are not. But both are equally survival, protecting strategies, that aim at confusing and misleading. “Exército Monarca” by Fábio Carvalho |
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