Para esta exposição Fábio Carvalho desenvolveu um trabalho inédito, chamado "Parada Monarca", que se constitui de bandeirinhas de papel seda branco com impressões em tinta acrílica, através do uso de carimbos de borracha produzidos à mão pelo próprio artista, a partir de um desenho original de sua autoria de um soldado em uniforme camuflado, com asas de borboleta saindo de suas costas. O "Monarca" do título é uma referência à borboleta monarca (Danaus plexippus) recorrente em trabalhos de Fábio Carvalho.
As "bandeirinhas" serão penduradas da maneira tradicional das festas juninas, porém em fileiras sucessivas, formando uma grande matriz de soldados, com dimensões totais de de 1,60 m de altura por 1,40 m de largura.
O título da obra, "Parada Monarca", é alusivo à formação que os soldados ficarão na parede, tal qual a formação de um desfile (parada) militar, e também um jogo de palavras com a impossibilide destes soldados ficarem realmente parados, ordeiros, como se espera de um militar, pois devido à leveza do material, qualquer deslocamento de ar os fará "voar", tornando o trabalho altamente cinético e ruidoso, numa homenagem explícita às "Superfícies Farfalhantes" de Aluisio Carvão, criadas nos anos 1960, com as quais quebrou a rigidez do movimento Concreto.
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