Sobre um mapa impresso da cidade de Belo
Horizonte, na qual eu passei cinco dias, tracei com caneta a rota dos
meus deslocamentos pela cidade, no momento exato do deslocamento, ao longo
de todos os dias passados na cidade, sempre se usando o mesmo mapa.
Posteriormente, todo o resto do mapa que correspondia às ruas
não atravessadas foi "apagado" com tinta branca.
Fez-se um recorte pessoal de um universo mais amplo e genérico;
a transformação de um objeto múltiplo e utilitário
— que ao mesmo tempo é uma carta aberta a múltiplas
possibilidades, e nenhuma — em algo particular, único, em
um índice pessoal.
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