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Invasão Monarca
tinta acrílica s/ papel de seda, linha vermelha, cola

Monarch Invasion

acrylic paint on tissue paper, red thread, glue

2016
instalação de dimensões variáveis; galeria: 100m2 // installation of variable dimensions; gallery: 100m2

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Durante todo o mês de julho de 2016 a galeria de arte Quirino Campofiorito do Centro Cultural Paschoal Carlos Magno foi ocupada pela INVASÃO MONARCA, uma instalação inédita formada por mais de 1300 bandeirinhas de papel de seda pintadas à mão pelo próprio artista, que ocupam tanto o espaço interno da galeria transparente de vidro, bem como o seu entorno.

A instalação INVASÃO MONARCA é um desdobramento em grande escala de um trabalho realizado anteriormente em junho de 2014 em Lisboa, Portugal, a Intervenção Urbana “Migração Monarca”, desenvolvida durante as tradicionais "Festas de Lisboa", que correspondem às nossas Festas Juninas. Na ocasião, Fábio Carvalho misturou seus “Monarcas” às ornamentações já existentes pelas ruas de Lisboa. Os "Monarcas" que dão nome à instalação são soldados em uniforme camuflado, com asas de borboleta saindo de suas costas, pintados à mão um a um pelo próprio artista com tinta acrílica sobre bandeirinhas de papel de seda.

O uso da borboleta monarca em vários dos trabalhos de Fábio Carvalho vai muito além do fato de borboletas serem normalmente associadas ao universo feminino, frágil e delicado, que em oposição aos símbolos usualmente aceitos como masculinos, de força e virilidade, como os militares, formam a principal dialética da sua produção artística, que procura levantar uma discussão sobre estereótipos de gênero, e questionar o senso comum de que força e fragilidade, virilidade e poesia, masculinidade e vulnerabilidade não podem coexistir.

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Seu uso surge ainda como um contraponto à camuflagem dos uniformes militares. As borboletas monarca são tóxicas, e por isso evitadas pelos predadores. Há outras espécies de borboleta não venenosas que mimetizam o padrão exuberante da monarca, que assim são também evitadas pelos predadores. Camuflagem e mimetismo são estratégias opostas de sobrevivência e proteção, que objetivam confundir e enganar, ao se fingir ser algo que não se é.

A instalação INVASÃO MONARCA no CCPCM ocupa quase todo o interior da galeria, deixando-se apenas alguns “caminhos” para circulação do público em meio às banderinhas, criando-se algo próximo a um penetrável labiríntico. Os fios de bandeirinhas estão dispostos não apenas no alto, mas também em alturas variadas, cruzando o espaço, e entre si, de cima para baixo, de lado a lado, criando-se paredes e passagens. O projeto tira partido também da “caixa de vidro” que é a galeria, de forma a interconectar o interior com o exterior. Os fios de bandeirinhas, que começam no espaço interno, vazam pelas frestas das chapas de vidro, e se projetam ao exterior, em direção ao entorno.

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A enorme quantidade de soldados alados que invadem e preenchem galeria e entorno torna-se uma “Ocupação Temporária do Exército Monarca”. “Ocupação Temporária” é um termo jurídico usado nos casos onde a ação da polícia em uma comunidade não é suficiente ou bem sucedida, e neste caso o exército assume temporariamente  a função de polícia, mas quase sempre de forma tempestuosa e violenta, sem planejamento e questionamento dos possíveis efeitos da ocupação militar de áreas onde moram trabalhadores, estudantes, crianças, pessoas idosas e doentes.

A instalação INVASÃO MONARCA faz, desta forma, um comentário crítico à ostensiva ocupação policial e militar sob a qual vivemos, geralmente feita de forma indiscriminada, agressiva, truculenta, decorrente do descontrole da violência urbana, mas também da mão de ferro dos governantes, que estão sempre prontos a dominar, reprimir, calar, repreender qualquer manifestação individual ou coletiva que não se alinhe aos interesses destes governantes e seus “sócios”.

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Throughout July 2016 the Quirino Campofiorito gallery art, at the Paschoal Carlos Magno Cultural Center was occupied by the MONARCH INVASION, an installation consisting of over 1300 tissue paper flags painted by the artist himself. The installation occupied both the internal space of the clear glass greenhouse-like gallery, as well as its surroundings.

The MONARCH INVASION installation is a new large-scale development of a previous work by the artist in June 2014 in Lisbon, Portugal - the Urban Intervention "Monarch Migration", shown during the traditional "Festas dos Santos Populares de Lisboa" (Lisbon Popular Saints Fair). Then, Fábio Carvalho mixed his "Monarchs" to existing adornments of the fair, on the streets of Lisbon. The "Monarchs" that give name to the installation are soldiers in camouflage uniform with butterfly wings coming out of their back, hand painted one by one by the artist with acrylic paint on tissue paper flags.

THE MONARCH INVASION installation will occupies almost the entire interior of the gallery, leaving only some "paths" for public circulation among the flags, creating something close to a labyrinth. The threads with the small flags are arranged at different heights, crossing the space, up and down, side to side, creating walls and passages. The project also takes advantage of the "glass box" which the gallery is in order to interconnect the interior with the exterior. Some threads with flags will start in the inside of the gallery, and then will leak through the spaves between the glass sheets, toward the surroundings on the outside.

The Monarch butterfly has been chosen as a way to help viewers question gender stereotypes. The butterfly is often associated with the feminine and is thought of as delicate and fragile, the opposite concepts normally associated with soldiers and the military. This opposition, in the work of Fábio Carvalho, compose the main dialectic of his artistic production, which seeks to raise a discussion about gender stereotypes, and question the common sense that strength and fragility, virility and poetry, masculinity and vulnerability can not coexist.

Additionally, the Monarch’s patterns mirror soldiers’ camouflage uniforms, helping them to hide from predators but also allowing them to be deceptive and to pretend they are something they are not.

The high number of flags and their placement make the works an invasion, an occupation, helping Carvalho to make a critical statement about police and military occupation, where crime is reduced but the reminder of external dominance is ever present, even if camouflaged.

 
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