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Memória daquilo que não vi
fotografia cromogênica de imagem digital (durst lambda)

Memory of the unseen
c-print of digital image (durst lambda)


2001 / 2003
dimensões variáveis

[ sobre o trabalho ]  [ about this work ]


[ english version ]

"O desequilíbrio crescente entre a informação direta e
a informação indireta, fruto do desenvolvimento de diversos
meios de comunicação, tende a privilegiar indiscriminadamente
toda informação mediatizada em detrimento da informação
dos sentidos, fazendo com que o efeito de real pareça
suplantar a realidade imediata."

(Paul Virilio, em O Espaço Crítico)

Memória daquilo que não vi

Este trabalho parte da idéia de fotografia como um suporte artificial para nossa memória. Muitas vezes, confiamos mais nestes dispositivos de "memória secundária" do que na nossa memória, criada a partir da experiência vivida.

Nossa memória guarda apenas os fatos e elementos mais significativos em uma determinada experiência. A fotografia não possui esta espécie de filtro, registrando igualmente tudo que está diante da objetiva da máquina fotográfica.

Interessei-me, neste trabalho, por estes elementos que não pertenceriam normalmente à experiência vivida, que estão ali na foto como "agentes contaminantes" da memória.

Trago-os ao primeiro plano, transformando-os de um ruído que havia na narrativa principal da foto, na própria narrativa em si. O que era ruído, agora é música.

leia mais sobre este trabalho:

sobre Memória daquilo que não vi, Sidney Philocreon


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"the increasing unbalance between the direct information and the
indirect information, a result of the development of the diverse media,
tends to privilege indiscriminately all mediated information in detriment
of the information of the senses, what makes the reality effect
seems to supplant the immediate reality."

(Paul Virilio, in O Espaço Crítico)

Memory of the unseen

This work originates from the idea of photograph as an artificial support for our memory. Many times, we rely more on these secondary memory devices than on our own memory, that is created from the lived experience.

Our memory keeps only the more significant facts and elements of a particular experience. The photograph does not have this kind of filter, registering equally everything that is laying in front of the objective of the photographic machine.

For this work, I was interested on these elements that would not normally belong to the lived experience, that are in the photo as contaminating agents of the memory.

I have brought them to the foreground, turning them from a interference on the main narrative of the photo, into the narrative itself. What used to be noise, now is music.

read more about this work:

on Memory of the unseen, Sidney Philocreon


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